Quando descobrimos uma táctica que funciona, uma forma de fazer algo de forma eficiente e produtiva, então devemos replicar esse processo tantas vezes e a tantas coisas quanto possível.
A opção por copiar as fórmulas que funcionam é uma espécie de plágio sem dolo.
Na prática, como o que gostamos mesmo é de ser originais e criativos, ser humano algum resiste à tentação de repetir ou de imitar sem acrescentar ao acto o seu próprio cunho.
Eu, por exemplo, sou incapaz de seguir uma receita culinária sem adulterar as quantidades ou substituir um ou outro ingrediente
O nosso ego é grande demais para nos permitir fazer um copy-paste estéril e inócuo das coisas, mesmo das mais básicas e simples.
Nada é verdadeiramente novo mas sim uma cópia adulterada do antigo, potencialmente melhorada mas não necessariamente melhor do que original.
As más línguas insinuam, por exemplo, que o i-pod que foi uma novidade bombástica há uns anos não é mais do que uma reinvenção do rádio a pilhas que tanto sucesso faz entre os reformados nos bancos dos jardins.
A inovação está na forma como se "cola" a ideia que se "copia".
Nas empresas a procura da inovação através da arte de bem copiar é uma responsabilidade que deve ser feita com disciplina e método.
A existência de equipas multidisciplinares e o fomento de sessões de brainstorming é uma excelente forma de incentivar a criatividade pois permite que diferentes olhares "copiem" e "colem" a mesma coisa.
Os ditos especialistas em investigação e desenvolvimento, os pseudo-cientistas, os "ratos de laboratório", os curiosos ou os engenheiros, fogem tanto da cópia descarada que muitas vezes falham ao tentar fazer melhor uma coisa que o mercado já classifica como satisfatória.
A inovação na maior parte dos casos não está em aperfeiçoar a função base mas sim em acrescentar atributos e profundidade às funções acessórias.
Veja-se o caso do i-pod que como função principal tem exactamente a mesma de um rádio portátil: dar música.
No fundo vivemos num mundo que é um remix, um remake, um upgrade, um restyling ou um "whatever" de algo que já existia antes de termos nascido.
Copy with pride, uma técnica muito pouco aceite em muitas organizações! ;)
ResponderEliminarObrigada por vires cá "cuscar" e por deixares os teus comentários... Beijinhos!
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