Nem estudam nem trabalham.
Esta é a geração dos jovens que acabam os estudos, que fazem o périplo das respostas a anúncios de emprego e das candidaturas espontâneas, que com sorte até vão a entrevistas, mas que lamentavelmente, por causa da crise, por causa dos outros ou deles próprios, não conseguem ingressar no mercado de trabalho.
São cada vez mais. Muitos milhares. Para lá de 400 mil só em Portugal.
Não contribuem para a estatística de desemprego porque não tiveram ainda o estatuto de "empregado". São uma espécie híbrida, um segmento sem projecto de vida, com poder de compra limitado, um conjunto de pessoas que sendo consumidores por conta de outrem têm um interesse relativo para o marketing.
Quando terminei a licenciatura no remoto ano de 1995 o desemprego não era uma preocupação.
Não eram conhecidos casos de colegas que não conseguissem encontrar emprego ou fazer um estágio, quase sempre remunerado.
Tínhamos todos aspirações, fantasiávamos sobre a vida depois do curso como se ter um "Dr," ou um "Eng," antes do nome fosse um bilhete de acesso VIP ao universo dos poderosos e dos milionários. Tínhamos contudo a noção de que o mais provável era passar um ano a servir cafés aos seniores, a limpar o pó a pastas de arquivo e a tirar fotocópias.
Para a minha geração o primeiro emprego era uma praxe necessária, uma via sacra que tínhamos de fazer nas multinacionais que nos acolhiam, formavam e acrescentavam pontos ao curriculum vitae. Nem sempre o contacto com a vida real era uma alegria mas pelo menos saíamos para trabalhar de blazer e cabeça erguida, tínhamos um canto com cadeira num open space com plantas, luz directa e ar condicionado.
Hoje as oportunidades são mais escassas.
Concordo que ser caixa de supermercado ou vendedor comissionista são posições que não agradam a quem tem conhecimentos de estatística, de direito ou de sistemas sequenciais.
Porém, a vida tal como ela é nem sempre é fácil, justa ou agradável.
Presumo que não há ninguém que não tenha tido um momento na sua carreira profissional em que não se sentiu infeliz, frustrado ou humilhado. Os momentos em retrospectiva são dias inteiros consecutivos, que se acumulam em semanas, meses e anos... A vantagem de ter muitos anos de vida depois do "canudo" é que percebemos que o tempo relativiza todas as memórias.
O tal emprego medíocre que pensamos que duraria uns tempos prolonga-se por alguns Verões sem férias e outros tantos Natais. Esses anos de penitência inglória que tanto nos martirizam quando os vemos "por dentro" são meros segmentos de angústia imerecida quando os vemos "por fora".
A carreira que todos queremos ter raras vezes é uma progressão geométrica ou pelo menos um avançar plano sem acidentes nem percalços.
Como li por estes dias num livro de Primo Levi ("Se isto é um homem") nunca somos tão felizes como desejamos nem tão infelizes como pressentimos.
Assim sendo, por mais amargas que sejam as perspectivas, é preferível ser a voz monocórdica num Call Center do que uma estatística monótona com nome de nada.
O conceito não é novo e fiquei surpreendida por este endereço ainda estar disponível. Afinal o óbvio nem sempre é uma evidência para o comum dos mortais. Confirma-se que as boas ideias, por mais banais e banalizadas, podem sempre ser usadas, recicladas, convertidas em tesourinhos deprimentes ou elevadas ao estatuto de vintage.
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terça-feira, 9 de setembro de 2014
domingo, 29 de junho de 2014
Motivação até à morte
Presumo que ontem seria das poucas pessoas que não adoptou a selecção brasileira, agora que os patrícios arrumaram as botas (bem como os anti-inflamatórios, os analgésicos, as ligaduras e os adereços ortopédicos...).
A minha atenção sobre o Chile começou com um vídeo que andou por aí a circular há uns tempos e que me deixou de boca aberta. Como fã confessa que sou de tudo o que é mezinha motivacional, abraços colectivos, palestras com humor e lágrimas, frases feitas e soundbytes, amei a fórmula que o Banco do Chile encontrou para mobilizar o apoio à selecção.
Este anúncio é uma excelente estratégia de marketing para o Banco, que inequivocamente se assume como uma instituição de todos ao apelar a emoções fortes e a instintos básicos que não deixam cidadão algum indiferente (mesmo os não chilenos). O vídeo tornou-se viral, indicador máximo da eficácia de uma estratégia de social media, elevando o ego de toda uma nação com a tónica da combatividade e da capacidade de sobrevivência por associação a um quase-trágico episódio que ocorreu em 2010 com mineiros chilenos.
PARA UM CHILENO NADA É IMPOSSÍVEL!
Esta mensagem ficou-me gravada de tal forma que, no único jogo a que assisti desta equipa no Mundial (confesso que parcialmente porque não tenho mesmo pachorra para esta dinâmica do esférico) fiquei convencida, na minha humilde ignorância futebolística, que aquela equipa estava no Brasil para jogar até à morte.
Ontem os Chilenos foram para casa. Não vi o jogo nem percebi pelos comentários se o Brasil, apesar de fraco, foi menos mau que o adversário. O que sei é que o sistema de eliminação por penalties é tão injusto quanto a aplicação do método do pim-pam-pum.
Sei também que enquanto que a imagem que fica dos nossos jogadores foi a de um bando de lesionados, preguiçosos ou pouco esforçados, com um treinador que só soube fazer más jogadas e que no final fica ofendido quando uma nação desiludida questiona a sua capacidade de liderança, a imagem que guardo do Chile é a de uma selecção de lutadores, com uma inquestionável força de espírito e de pernas, que abandona o Campeonato com tanta dignidade que transforma em fúteis e menosprezáveis todas as suas falhas e erros.
Há equipas que têm a sorte de partilhar este espírito de solidariedade mágica, este sentido de dever e de responsabilidade, a vontade de atingir objectivos independentemente do grau de sacrifício e de esforço. No futebol como na vida, quando uma equipa ultrapassa a marca dos 100% em vontade, mesmo que os KPI fiquem aquém das expectativas jamais se questionam os pares ou os chefes, muito menos se fala de fracasso ou de derrota.
Um exemplo a seguir...
A minha atenção sobre o Chile começou com um vídeo que andou por aí a circular há uns tempos e que me deixou de boca aberta. Como fã confessa que sou de tudo o que é mezinha motivacional, abraços colectivos, palestras com humor e lágrimas, frases feitas e soundbytes, amei a fórmula que o Banco do Chile encontrou para mobilizar o apoio à selecção.
Este anúncio é uma excelente estratégia de marketing para o Banco, que inequivocamente se assume como uma instituição de todos ao apelar a emoções fortes e a instintos básicos que não deixam cidadão algum indiferente (mesmo os não chilenos). O vídeo tornou-se viral, indicador máximo da eficácia de uma estratégia de social media, elevando o ego de toda uma nação com a tónica da combatividade e da capacidade de sobrevivência por associação a um quase-trágico episódio que ocorreu em 2010 com mineiros chilenos.
PARA UM CHILENO NADA É IMPOSSÍVEL!
Esta mensagem ficou-me gravada de tal forma que, no único jogo a que assisti desta equipa no Mundial (confesso que parcialmente porque não tenho mesmo pachorra para esta dinâmica do esférico) fiquei convencida, na minha humilde ignorância futebolística, que aquela equipa estava no Brasil para jogar até à morte.
Ontem os Chilenos foram para casa. Não vi o jogo nem percebi pelos comentários se o Brasil, apesar de fraco, foi menos mau que o adversário. O que sei é que o sistema de eliminação por penalties é tão injusto quanto a aplicação do método do pim-pam-pum.
Sei também que enquanto que a imagem que fica dos nossos jogadores foi a de um bando de lesionados, preguiçosos ou pouco esforçados, com um treinador que só soube fazer más jogadas e que no final fica ofendido quando uma nação desiludida questiona a sua capacidade de liderança, a imagem que guardo do Chile é a de uma selecção de lutadores, com uma inquestionável força de espírito e de pernas, que abandona o Campeonato com tanta dignidade que transforma em fúteis e menosprezáveis todas as suas falhas e erros.
Há equipas que têm a sorte de partilhar este espírito de solidariedade mágica, este sentido de dever e de responsabilidade, a vontade de atingir objectivos independentemente do grau de sacrifício e de esforço. No futebol como na vida, quando uma equipa ultrapassa a marca dos 100% em vontade, mesmo que os KPI fiquem aquém das expectativas jamais se questionam os pares ou os chefes, muito menos se fala de fracasso ou de derrota.
Um exemplo a seguir...
sábado, 21 de junho de 2014
Liderança, esse je ne sais quoi...
Fala-se, estuda-se e disserta-se imenso sobre liderança.
Por muito que se possam dominar técnicas de liderança, sou da opinião que a liderança é algo inato, que tem a ver com carisma e personalidade. Da mesma forma que quem não nasceu com jeitinho para o futebol jamais será um craque da bola, também uma pessoa que não tenha nascido com esse "je ne sais quoi" que faz a diferença jamais será um líder.

Muitas vezes os resultados não se alcançam precisamente pela falta de sintonia entre quem manda e quem executa, pela dificuldade de comunicar, pela incapacidade para convencer os outros...
Nas empresas como no futebol, uma equipa pode falhar como conjunto mas tal não significa que as individualidades sejam penalizadas. Pelo contrário, algumas destacam-se e são até promovidas (até ao limite do Princípio de Peter, provavelmente) o que não deixa de ser um paradoxo quando os resultados ficam aquém do esperado.
Por este motivo é tão difícil gerir um grupo de egos. No fundo, cada indivíduo privilegia a gestão da própria carreira, empenhando-se nos resultados do grupo apenas e só na medida em que estes o favoreçam. Por outro lado, é muito frequente que elementos da mesma equipa se prejudiquem mutuamente, pretendendo com este tipo de atitudes sobressair pelo efeito da comparação negativa ou pelo feito de ofuscar o brilho dos que os ameaçam.
O futebol deve ter algumas lições a dar-nos sobre o tema, mas os básicos da boa liderança são comuns para qualquer equipa, na bola ou nas empresas.
Tratar todas as pessoas da mesma forma
Sejam as estrelas ou as sombras, aqueles que têm estatuto e os anónimos que estão lá para as funções básicas.
Não há nada pior numa equipa do que os "preferidos do chefe", as "queridinhas", os "amigos íntimos" ou "parentes da cunha". Sendo certo que pelas funções que desempenham cada um terá um contributo diferente para o resultado final, a verdade é que se não se esforçarem todos no mesmo sentido os golos não saem...
Liderar pelo exemplo
Por mais soundbyte que seja esta evidência, a verdade é que nenhum líder inspira os seus quando é o último a chegar aos treinos, quando não sofre e sua nos momentos derradeiros, quando não é a força motriz que coloca a engrenagem em movimento.Motivar pelo reconhecimento
Da mesma forma que as palavras "desculpa" e "obrigada" são sinais de humildade e de gratidão que se verbalizam raramente, também no nosso quotidiano soam estranhos os elogios e as palavras de incentivo sincero. A crítica destrutiva é uma prática comum regularmente aceite, seja nos comentários políticos, nas análises desportivas ou na vida das empresas.
Elogiar uma pessoa quando esta faz bem o seu trabalho, apenas porque fez bem o que lhe era pedido, pode fazer toda a diferença quando se sabe que é sempre mais fácil cumprir apenas os mínimos enveredando por uma postura na vida que se assemelha à de uma greve de zelo.
Se alguém excede as expectativas, o elogio estridente é mais do que merecido e tem um efeito motivador equivalente ao de um bónus.
Não sobrevalorizar os erros nem as culpas
Quando alguém erra tem a consciência do que fez. Se essa pessoa é mesmo responsável a auto-punição é pena suficientemente severa.
Os erros não podem ser ignorados pelo seu efeito pedagógico e pelo potencial de aprendizagem. Contudo, não podem ser sublimados sob pena de se tornarem mais relevantes do que o objectivo que está efectivamente em causa.
Confiar nas pessoas
O maior problema de muitos líderes é a incapacidade para delegar. Muitos chefes não confiam nas pessoas que lideram, atribuindo-lhes apenas tarefas menores não integradas nem coerentes.
Se é verdade que duas pessoas não desempenham a mesma tarefa da mesma forma, não é certo que essa diferença resulte de uma divergência entre competências ou capacidades.
No final do jogo o importante são os golos sejam memoráveis, trapalhões ou penalties.
Partilhar
Em muitas empresas as pessoas trabalham todos os dias sem conhecerem com grandes detalhes os objectivos que concordaram as chefias nas exclusivas reuniões de Direcção.
O objectivo mais fácil é um número mas os pressupostos que o suportam são normalmente uma nebulosa incógnita. Respeitando-se a ética e a reserva que a estratégia da empresa obriga, é importante que as pessoas a quem se exigem resultados percebam minimamente o projecto para que trabalham, que saibam com regularidade como está a sua performance face ao objectivo, que possam contribuir, envolver-se e implicar-se na procura de soluções para os imprevistos não contemplados no plano em powerpoint.
Numa empresa a capacidade de liderança nunca é verdadeiramente testada enquanto as pessoas continuarem a receber o seu salário, muito mais num contexto de crise em que é uma benção estar empregado.
As pessoas fazem o quer têm a fazer, desligam o computador e regressam a casa.
Há contudo uma diferença entre executar e exceder, entre marasmo e entusiasmo. A diferença maior é a qualidade do trabalho ao final do dia, entre estar acima do breakeven ou multiplicar resultados, entre ser apenas uma empresa ou uma organização extraordinária.
Um líder só é bom quando a equipa sua a camisola...
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segunda-feira, 28 de abril de 2014
O marketing pessoal vende pessoas felizes?
Se o marketing vende felicidade então nós devíamos ser capazes de utilizar o marketing pessoal como ferramenta para sermos mais felizes.
O marketing pessoal trata da forma como nos posicionamos perante os outros e o quanto somos consistentes na proposição de serviço* que lhes apresentamos.
O marketing pessoal trata das qualidades que queremos valorizar mas não se limita à personalidade profissional.
Na amizade, no amor, em todas as relações interpessoais dos mais variados tipos proporcionamos aos outros uma experiência, algum tipo de emoção com significado, cuja magnitude e impacto nem sempre dominamos a nosso favor.
O marketing pessoal é uma estratégia de desenvolvimento consciente das emoções que queremos desencadear nos outros.
O marketing trata da gestão de experiências e nós enquanto seres humanos somos laboratórios vivos de sensações e de combinações químicas.
O primeiro passo do marketing pessoal é amar a nossa marca!
A definição da marca começa pela identificação de todas as qualidades e características que a diferenciam.
No marketing pessoal existe um trabalho prévio de introspecção, de auto-conhecimento, para definir quem somos, como somos, que pontos fracos temos de melhorar e quais os pontos fortes que devemos optimizar, destacar e valorizar de forma a sermos melhores pessoas e a sermos percebidos como tal pelos outros.
O ideal é que durante esse processo de identificação de qualidades não sejamos reféns da tentação de construir uma persona que tem sucesso social, é apreciada e recrutada mas que no final é apenas uma parcela forjada do que somos como um todo.
A felicidade absoluta é uma quimera.
Se a felicidade absoluta é um conceito cósmico e infinito então temos de almejar uma felicidade relativa, viável, tangível. A felicidade q.b. resulta de uma combinação equilibrada entre todos os critérios ambivalentes que identificamos como determinantes para a felicidade possível. Complicado? Não.
Durante anos achei que a minha felicidade se media pelo salário, pela cilindrada do carro e pelos fringe benefits. Hoje sou feliz com um salário que me paga as despesas fixas e me permite manter um reajustado estilo de vida, pois descobri que muitos dos factores que tinha como fundamentais para a minha felicidade eram apenas argumentos sociais que me permitiam obter reconhecimento e prestígio.
Em síntese, temos de ter uma marca pessoal, uma marca que revela quem somos na nossa original autenticidade e não uma pessoa plástica, com características e propriedades manipuladas em função das expectativas de anónimos.
A pessoa real que somos tem de ter valor, sendo certo que a esse valor corresponde um rácico custo-benefício, entre o quanto estamos dispostos a abdicar em termos materiais e sociais a favor de uma existência mais pacífica e feliz.
Tentar fazer um marketing pessoal orientado para a felicidade não equivale a adoptar um estilo de vida hippie (as empresas socialmente responsáveis não deixam de estar orientadas para o lucro).
O marketing pessoal trata da forma como nos posicionamos perante os outros e o quanto somos consistentes na proposição de serviço* que lhes apresentamos.
O marketing pessoal trata das qualidades que queremos valorizar mas não se limita à personalidade profissional.
Na amizade, no amor, em todas as relações interpessoais dos mais variados tipos proporcionamos aos outros uma experiência, algum tipo de emoção com significado, cuja magnitude e impacto nem sempre dominamos a nosso favor.
O marketing pessoal é uma estratégia de desenvolvimento consciente das emoções que queremos desencadear nos outros.
O marketing trata da gestão de experiências e nós enquanto seres humanos somos laboratórios vivos de sensações e de combinações químicas.
O primeiro passo do marketing pessoal é amar a nossa marca!
A definição da marca começa pela identificação de todas as qualidades e características que a diferenciam.
No marketing pessoal existe um trabalho prévio de introspecção, de auto-conhecimento, para definir quem somos, como somos, que pontos fracos temos de melhorar e quais os pontos fortes que devemos optimizar, destacar e valorizar de forma a sermos melhores pessoas e a sermos percebidos como tal pelos outros.
O ideal é que durante esse processo de identificação de qualidades não sejamos reféns da tentação de construir uma persona que tem sucesso social, é apreciada e recrutada mas que no final é apenas uma parcela forjada do que somos como um todo.
A felicidade absoluta é uma quimera.
Se a felicidade absoluta é um conceito cósmico e infinito então temos de almejar uma felicidade relativa, viável, tangível. A felicidade q.b. resulta de uma combinação equilibrada entre todos os critérios ambivalentes que identificamos como determinantes para a felicidade possível. Complicado? Não.
Durante anos achei que a minha felicidade se media pelo salário, pela cilindrada do carro e pelos fringe benefits. Hoje sou feliz com um salário que me paga as despesas fixas e me permite manter um reajustado estilo de vida, pois descobri que muitos dos factores que tinha como fundamentais para a minha felicidade eram apenas argumentos sociais que me permitiam obter reconhecimento e prestígio.
A vaidade não é uma variante da felicidade, daí que tantas pessoas descubram o quão felizes podem ser quando voluntariamente fazem um downshifting.
Ao contrário do que somos levados a acreditar pelos modelos sociais vigentes, a felicidade não tem como fonte primordial o nosso status e a nossa carreira. Somos demasiado exigentes connosco próprios e força-mo-nos até à exaustão tentando ser bons profissionais, bons pais, bons maridos/mulheres, bons filhos, bons irmãos e bons amigos, sendo que a performance que esperamos é a excelência e não um "satisfaz +".
Somos infelizes porque somos humanos e nos exigimos uma performance de deuses.
Se aceitarmos a nossa condição de mortais com falhas e pecados, se entendermos que a única opinião importante é a das pessoas que nos amam e respeitam incondicionalmente, então retiramos da nossa escala uma série de critérios que são fonte de frustração e de stress.Em síntese, temos de ter uma marca pessoal, uma marca que revela quem somos na nossa original autenticidade e não uma pessoa plástica, com características e propriedades manipuladas em função das expectativas de anónimos.
A pessoa real que somos tem de ter valor, sendo certo que a esse valor corresponde um rácico custo-benefício, entre o quanto estamos dispostos a abdicar em termos materiais e sociais a favor de uma existência mais pacífica e feliz.
Tentar fazer um marketing pessoal orientado para a felicidade não equivale a adoptar um estilo de vida hippie (as empresas socialmente responsáveis não deixam de estar orientadas para o lucro).
Ser uma marca feliz é apenas identificar os alicerces para a felicidade, calibrando as qualidades que nos diferenciam e valorizam para conseguir erguer uma casa com telhado e com alma que nos abrigue até ao fim dos nossos dias.
*"Serviço" em sentido lato, entenda-se!
sexta-feira, 28 de março de 2014
A felicidade em 4P's - mais uma receita
Se tudo na vida fosse tão fácil quanto aplicar acrónimos milagrosos às
nossas dúvidas existenciais, o mundo estaria repleto de enfadonhas pessoas
felizes, monocromáticas nos humores e frouxas em originalidade.
É claro que todos gostávamos que a vida fosse mais fácil, que a viagem
fosse mais estável, mas a verdade é que alguns bons momentos nascem dos nossos
erros e que muitos maus momentos revelam as verdadeiras amizades.
Demagogia à parte, entre tantas teorias para a felicidade instantânea
existe uma que até me parece viável e que por um acaso que não será certamente coincidência
assenta em 4 P’s:
PAIXÃO
Como o ser humano aprende à força de tijolos, isto é, vai aprendendo à medida que bate com a cabeça na parede, nada melhor do que a certeza da morte para nos recordar que devemos estar permanentemente apaixonados pela vida.
Presumo que o pior que nos poderá acontecer um dia é a sensação de que a nossa existência terminou e de que não fomos suficientemente bons e honestos, que não estivemos sempre presentes junto dos nossos, que afinal ficamos aquém das expectativas enquanto filhos, pais, amigos, mulheres/maridos...
Provavelmente não será necessário estarmos moribundos para chegarmos a algumas conclusões básicas:
- Passamos o nosso tempo a tentar cumprir as expectativas dos outros e não a fazer o que queremos.
- Dedicamos demasiadas horas úteis ao trabalho.
- Não exteriorizamos sentimentos.
- Perdemos o contacto com os amigos e desvalorizamos a amizade.
- Perdemos muitas oportunidades para sermos felizes.
Para viver ao máximo cada dia não são necessárias grandes aventuras, desportos radicais ou descargas de adrenalina. Basta apenas ter a capacidade para reconhecer a dádiva que é estarmos vivos.
Para viver ao máximo cada dia não são necessárias grandes aventuras, desportos radicais ou descargas de adrenalina. Basta apenas ter a capacidade para reconhecer a dádiva que é estarmos vivos.
A regra n.º 1 é sermos apaixonados pela vida que temos... Afinal, só temos esta!
PROPÓSITO
Na vida passamos tantas horas a trabalhar como a dormir e nem sempre nos sentimos motivados com que o fazemos. Pode acontecer que não encontremos na carreira profissional o tal propósito que nos eleva, mas isso não nos pode remeter para uma vida estereotipada sem sentido.
Eu encontrei um propósito em muitas actividades paralelas como este blog mas tenho como certo que é possível encontrar sentido em muitas outras coisas, desde que estejamos dispostos a procurá-las.
Infelizmente precisamos tanto de dinheiro como de felicidade pelo que encontrar o equilíbrio certo entre o que nos paga as contas e o que nos dá prazer nem sempre é fácil. Provavelmente o mindset que nos deve guiar é fazer da felicidade um modelo de negócio, algo que devemos incorporar na nossa rotina.
A regra n.º 2, será pois encontrar uma ocupação full-time/part-time que nos dê pica.
A regra n.º 2, será pois encontrar uma ocupação full-time/part-time que nos dê pica.
PESSOAS
(não concordo que o preto seja uma cor triste, daí a escolha do negro para destacar o tópico)
Vivemos rodeados de pessoas: amigos, família, colegas, clientes, superiores, subordinados, anónimos... Apesar de nem sempre podermos escolher quem gravita na nossa órbita podemos pelo menos seleccionar os que queremos mais próximos, de preferência as pessoas com bom astral, aqueles que nos podem servir como modelo ou exemplo, os que nos fazem sentir bem, os que nos animam e confortam.
A importância das pessoas no nosso bem-estar deriva de uma evidência bem simples: a felicidade é um activo que quanto mais se dá mais se multiplica.
A regra n.º3 preconiza a procura da felicidade através dos outros, no pressuposto de que seremos tão mais felizes quanto mais pessoas felizes tivermos à nossa volta.
PROJECTOS
O nosso maior projecto tem de ser apenas este: "ser feliz!". Todos os outros dependem da conjugação de factores casuísticos que raramente controlamos. Não podemos condicionar a felicidade ao tamanho de uma casa, aos dígitos de um salário, à extensão de fringe benefits, aos destinos de férias, às marcas que usamos... Todas estas coisas podem trazer bem-estar e é claro que o bem-estar nos faz felizes, mas estes factores materiais, que tão facilmente se evaporam ou deteoram, não podem ser os KPI's que determinam a forma como encaramos a vida ou como nos sentimos na nossa pele.
A vida não se resume a coisas mas sim a momentos pelo que, segundo a regra n.º 4 é fundamental definir marcos geodésicos para a nossa existência, os acontecimentos que vão marcar definitivamente o nosso percurso e influenciar de forma determinante a pessoa que somos e a distância que alcançamos. Se para cada marco tivermos um projecto, sendo certo que podemos abraçar vários projectos em simultaneo, a vitória está em cumprir cada etapa, aceitando com humildade que o destino não se desenrola em progressão geométrica. Desta forma seremos imensamente felizes em determinados momentos e, se formos inteligentes, teremos a capacidade para prolongar esse estado pela lembrança do que sentimos quando fechamos mais um capítulo da nossa história.
A vida não se resume a coisas mas sim a momentos pelo que, segundo a regra n.º 4 é fundamental definir marcos geodésicos para a nossa existência, os acontecimentos que vão marcar definitivamente o nosso percurso e influenciar de forma determinante a pessoa que somos e a distância que alcançamos. Se para cada marco tivermos um projecto, sendo certo que podemos abraçar vários projectos em simultaneo, a vitória está em cumprir cada etapa, aceitando com humildade que o destino não se desenrola em progressão geométrica. Desta forma seremos imensamente felizes em determinados momentos e, se formos inteligentes, teremos a capacidade para prolongar esse estado pela lembrança do que sentimos quando fechamos mais um capítulo da nossa história.
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
A vida é uma corrida
Confesso que faço parte desta nova onda de atletas que descobriram na corrida um nirvana.
O meu pai começou a fazer meias-maratonas aos quarenta por isso tenho na família alguém a quem seguir o exemplo, uma espécie de mentor, líder pelo exemplo e fonte de esperança.
Daquilo vou lendo sobre corrida e motivação - e há tanto para ler sobre isto! - concluo que para lá das vantagens objectivas que todos os convertidos propagam com entusiasmo, existem outras tantas subjectivas que nos asseguram a endurance necessária para vivermos o nosso destino como quem percorre uma estrada.
Quando corro falo comigo/ falo com Deus.
Tenho uma concepção muito própria da religião, comum a muitos dos não praticantes que conheço.
Não entendo a relação com a fé como uma conversa feita de ladainhas e de rituais aborrecidos.
Como quero acreditar que a nossa existência tem um sentido mesmo quando os eventos não se encaixam, recorro à crença numa força superior que nos move, que alinha as nossas rotas, que assegura que nada acontece por acaso, que tudo tem um sentido, ou seja, que o universo conspira a nosso favor mesmo quando duvidamos.
Assim que inicio o treino desligo-me do mundo. Às vezes falo comigo própria, quase sempre para me insultar por ter comido um bolo ou uma feijoada, por me ter deixado dormir no dia anterior ou por não resistir a mais 1 quilómetro. Creio que nalguns momentos estas conversas são interceptadas por esse Deus que por aí anda já que divago para temas mais profundos como a perseverança, o propósito, a resiliência, a capacidade de superação como evidência de uma força que nem sempre me reconheço e de uma energia que nem sempre canalizo em proveito próprio.
Quando corro visualizo.
Suponho que há homens que se imaginam como deuses gregos ou atletas olímpicos medalhados. Não tenho bem a certeza como se imaginam as mulheres... Eu, e sei que o que vou escrever de seguida é mesmo parvo, tento visualizar a gordura a derreter-se no rabo e nas ancas. Quero fazer uma meia-maratona porque sim, por uma questão de ego, mas o que me move a levantar às seis para fazer uma corrida de 10 quilómetros é a possibilidade de queimar todas as calorias ingeridas em delírio gastronómico, livrando a consciência do peso deste pecado que é a gula, por petiscos, pão e chocolate.
Segundo a lei da atracção devemos recorrer a esta técnica de visualização para tudo o que queremos na vida. É claro que a imaginação não é recurso suficiente. É preciso fazer acontecer, meter os pés à estrada.
A corrida permite treinar essa técnica: fixamos uma meta que definimos cada vez mais longa e ousada, estabelecemos um plano de treinos que nos permita alcançá-la, subdividimos o objectivo final em etapas e regozijamo-nos sempre que acrescentamos mil metros ao score.
Por cada meta superada provamos as nós próprios que somos capazes de chegar onde nos propomos.
Assim sejamos capazes de encarar cada dia, como apenas mais um segmento de metros que temos de percorrer para chegar mais longe e mais alto.
O meu pai começou a fazer meias-maratonas aos quarenta por isso tenho na família alguém a quem seguir o exemplo, uma espécie de mentor, líder pelo exemplo e fonte de esperança.
Daquilo vou lendo sobre corrida e motivação - e há tanto para ler sobre isto! - concluo que para lá das vantagens objectivas que todos os convertidos propagam com entusiasmo, existem outras tantas subjectivas que nos asseguram a endurance necessária para vivermos o nosso destino como quem percorre uma estrada.
Quando corro falo comigo/ falo com Deus.
Tenho uma concepção muito própria da religião, comum a muitos dos não praticantes que conheço.
Não entendo a relação com a fé como uma conversa feita de ladainhas e de rituais aborrecidos.
Como quero acreditar que a nossa existência tem um sentido mesmo quando os eventos não se encaixam, recorro à crença numa força superior que nos move, que alinha as nossas rotas, que assegura que nada acontece por acaso, que tudo tem um sentido, ou seja, que o universo conspira a nosso favor mesmo quando duvidamos.
Assim que inicio o treino desligo-me do mundo. Às vezes falo comigo própria, quase sempre para me insultar por ter comido um bolo ou uma feijoada, por me ter deixado dormir no dia anterior ou por não resistir a mais 1 quilómetro. Creio que nalguns momentos estas conversas são interceptadas por esse Deus que por aí anda já que divago para temas mais profundos como a perseverança, o propósito, a resiliência, a capacidade de superação como evidência de uma força que nem sempre me reconheço e de uma energia que nem sempre canalizo em proveito próprio.
Quando corro visualizo.
Suponho que há homens que se imaginam como deuses gregos ou atletas olímpicos medalhados. Não tenho bem a certeza como se imaginam as mulheres... Eu, e sei que o que vou escrever de seguida é mesmo parvo, tento visualizar a gordura a derreter-se no rabo e nas ancas. Quero fazer uma meia-maratona porque sim, por uma questão de ego, mas o que me move a levantar às seis para fazer uma corrida de 10 quilómetros é a possibilidade de queimar todas as calorias ingeridas em delírio gastronómico, livrando a consciência do peso deste pecado que é a gula, por petiscos, pão e chocolate.
Segundo a lei da atracção devemos recorrer a esta técnica de visualização para tudo o que queremos na vida. É claro que a imaginação não é recurso suficiente. É preciso fazer acontecer, meter os pés à estrada.
A corrida permite treinar essa técnica: fixamos uma meta que definimos cada vez mais longa e ousada, estabelecemos um plano de treinos que nos permita alcançá-la, subdividimos o objectivo final em etapas e regozijamo-nos sempre que acrescentamos mil metros ao score.
Por cada meta superada provamos as nós próprios que somos capazes de chegar onde nos propomos.
Assim sejamos capazes de encarar cada dia, como apenas mais um segmento de metros que temos de percorrer para chegar mais longe e mais alto.
segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
A vida começa aos 40?
Sempre que revejo amigos tenho uma sensação assustadora: a certeza de que estamos a ficar mais velhos, a dúvida de que estaremos a ficar mais sábios.
Começamos a trabalhar na década de noventa, numa altura em que pouco se falava em desemprego, alguns de nós com salários milionários que não se pagam hoje, catapultados para um estrelato de consultores ou gestores em multinacionais num contexto em que o mercado crescia a dois dígitos e os negócios prosperavam.
Hoje somos desempregados, empregados frustrados, emigrantes, empresários por necessidade. Estamos assustados, desmotivados, perdidos. Disseram-nos que a vida começa aos quarenta mas o sentimento dominante é de que estamos acabados.
A expressão "a vida começa aos quarenta" é o título de um livro de auto-ajuda publicado em 1932 pelo psicólogo Walter Pitkin. Contudo, a ideia de que algo de mágico acontece após esse marco não é propriamente de sua autoria. O reconhecido filósofo Arthur Schopenhauer escreveu um dia que os primeiros quarenta anos de vida dão-nos texto, os restantes trinta dão-nos os comentários.
Supostamente os quarenta anos correspondem à nossa meia-idade, ao período da vida em que cremos que realizamos grande parte dos nossos objectivos, estamos emocionalmente estáveis, temos casa, família e uma carreira consolidada. Eventualmente isto foi assim para os nossos pais.
Hoje aos quarenta ainda nos sentimos jovens, provavelmente estamos em melhor forma do que estávamos aos vinte, ou pelo menos exercitámos-nos mais, ainda pensamos em mudar de emprego, de profissão, voltamos a estudar, não perdemos a mania de ciclicamente questionar o status quo, continuamos dispostos a fazer um reset, a derrubar os dados adquiridos, a reciclar o velho e o antigo, a mudar de casa, de cidade ou de país, a soltar amarras e a apaixonar-nos.
Recentemente foi publicado um estudo que concluí que os sessenta são os novos quarenta. Comenta o orientador da pesquisa, o Dr. Oliver Robinson da University of Greenwich, que a tal crise da meia-idade que nos faz questionar a nossa existência é despoletada pela morte dos nossos contemporâneos, o que felizmente acontece cada vez mais tarde.
Até sermos confrontados com a nossa mortalidade somos capazes de fixar objectivos, acreditando sem grandes dúvidas que temos muito caminho para andar.
A crise que nos afecta hoje é essencialmente conjuntural. O facto de termos quarenta é apenas um detalhe.
Vemos os nossos amigos partir, não porque morrem mas porque têm de procurar trabalho lá fora. Se os nossos amigos estão a definhar não é porque o seu esqueleto está velho mas porque a sua vida tal como a programaram entrou em colapso.
Ter quarenta no ano da graça de 2014 é uma prova de endurance.
Estamos numa época em que valemos pela nossa força e resistência, pelo nosso esforço e perseverança, pela energia que emanamos que de alguma forma nos mantém motivados e é exemplo para os demais.
Se temos quarenta e para todos os efeitos não somos uns miúdos temos de nos portar como mulheres e homens, como seres humanos que em circunstâncias extremas revelam capacidades sobrenaturais.
Enquanto tivermos saúde, enquanto não nos sentirmos limitados ou frágeis, continuamos a ser demasiado novos para entrincheirarmos na vala dos acomodados. Provavelmente estamos menos optimistas e crentes mas somos certamente mais competentes e audazes.
sábado, 28 de dezembro de 2013
Resoluções de Ano Novo
É inevitável.
Chegamos a esta altura do ano e somos compelidos a fazer um balanço do ano que termina e um plano para o que se aproxima.
Todos temos objectivos a atingir. Muitos são sonhos disfarçados de projectos. Outros são apenas desejos etéreos, um "nice to have" ou "wish to have" que não ousamos verbalizar por nos parecerem intangíveis e ingénuos.
Seja como for, entraremos em 2014 munidos de uma lista de coisas a fazer. Presumo que este planeamento mental de alguma forma nos confere segurança. Queremos ser melhores pessoas, melhores profissionais, melhores maridos/mulheres, melhores pais, melhores filhos.
Queremos estar mais presentes. Queremos viajar mais. Queremos que o ano seguinte seja melhor do que o que termina e acreditamos que as metas que definimos vão dar mais sentido e conteúdo à nossa existência.
O problema dos objectivos, na vida pessoal como na das empresas, é que caímos na tentação de construir afirmações bonitas que soam bem como estratégia mas não fazemos a menor ideia do que é necessário fazer para atingir tais propósitos.
Na minha humilde perspectiva, tão importante como definir objectivos é definir os processos.
Por exemplo, se eu tenho como objectivo correr uma meia-maratona sei que tenho de treinar a sério. Para já consigo correr 10 quilómetros mas esta distância corresponde apenas a metade da prova. Em 2014 vou ter de conquistar os quilómetros que me faltam. Para tal tenho de estabelecer um plano de treinos no pressuposto de que a melhoria de performance se fará passada a passada, não vai surgir de forma espontânea em jeito de milagre.
Qualquer objectivo não alcançado é uma fonte de frustração imensa. O ser humano tem esta tendência masoquista para fazer depender a sua felicidade da realização de coisas.
Se nos focarmos apenas no objectivo só ficamos felizes quando cruzamos a meta.
Se definirmos que cada objectivo pressupõe um caminho e que este caminho tem etapas, conseguiremos celebrar pequenas vitórias à medida que avançamos no trajecto. Se no final não chegarmos exactamente ao ponto que queríamos a sensação de frustração não será tão forte.
Para mim, se conseguir fazer treinos regulares de 15 quilómetros em vez de 10 já terei progredido imenso!
Esta técnica de "pensamento positivo", a ladainha da lavagem cerebral em que se baseia "O Segredo", permite-nos sobreviver sem grandes cicatrizes às nossas fraquezas e erros.
Por muito céptica que seja em relação a estas histórias relacionadas com a "Teoria da Atracção" tenho como facto que aquele que perde demasiado tempo a olhar para as pedras do caminho jamais construirá um castelo...
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