terça-feira, 3 de junho de 2014

Marketing colorido


Sabemos todos que uma imagem vale mil palavras.
A imagem de uma marca passa muito pelo seu visual, pelo aspecto exterior daí que o marketing, independentemente das estatísticas, soundbytes, conceitos e planos estratégicos, seja uma ciência pouco monótona ou monocromática. 
O marketing tende a ser percebido como senso comum e inspiração treinada, o produto de algumas mentes desorganizadas e lunáticas capazes de gerar milagres ou mixórdias (para não escrever uma asneira) em momentos de criatividade que não cabem em fatos nem gravatas. 
Mas o marketing tem muito mais de ciência do que de espontaneidade, beneficiando da vantagem de ser capaz de utilizar o conhecimento de uma forma tão subliminar que passa despercebida aos comuns mortais, mesmo os que fazem parte dos segmentos eleitos como alvo.
No âmbito do neuromarketing os avanços são extraordinários. Ainda antes de se encontrar um nome para a análise de comportamentos e percepções através dos padrões da neuro-ciência, já uns tantos marketeers por esse mundo fora percebiam as cambiantes sensoriais com capacidade para influenciar o consumo.
Um dos exemplos mais relevantes é a utilização das cores, o básico de um logotipo ou de uma embalagem, como estímulos susceptíveis de produzir emoções. 

A cor pode aumentar a notoriedade de uma marca em cerca de 80%. Que o digam a Milka ou a Coca-Cola... 
Os anúncios em cor captam 42% mais a atenção dos leitores do que os a preto e branco, excepção feita àqueles em que o negro é a própria imagem de marca, como a Apple
Apesar de as generalizações serem perigosas, existem alguns básicos que se podem comentar sobre as cores.
O vermelho é a cor da paixão. 
Este facto não é apenas uma frase feita já que estudos científicos demonstram que a reacção à cor vermelha é normalmente um aumento da pressão arterial! Perante tais constatações, empíricas ou não, a cor vermelha desperta um sentimento de urgência, de desejo, sendo por isso apropriada para anúncios de venda agressiva.
O vermelho, por apelar ao impulso, é também uma cor excelente para promover produtos alimentares.
Por outro lado, apesar de a cor amarela ser para muitos a cor dos infelizes que não gostam de azul, a verdade é que o amarelo é uma cor vibrante, normalmente associada a felicidade e a optimismo.
Não é uma coincidência que o "smile" com que pontuamos tantos dos nossos posts e mensagens seja pintado com esta cor. 
O amarelo é a cor ideal para chamar a atenção para um produto ou marca, sendo particularmente eficaz junto dos segmentos mais infantis.
De acordo com alguns estudos, o azul é a cor preferida dos seres humanos, talvez por ser a cor do céu e do mar,  provavelmente porque induz uma sensação de calma e de paz. Esta cor sugere confiança daí ser tão utilizada por empresas que tentam passar ao mercado uma imagem sóbria mas serena.
Terminado o périplo pelas cores básicas, há muito mais a dizer sobre as ditas cores secundárias (verde, púrpura e laranja - as que se obtêm pela combinação das primárias) e sobre as cores terciárias (que resultam da mistura de cores primárias com cores secundárias).
Contudo, o mais relevante que há a reter é que a utilização da cor no marketing não pode resultar de uma escolha aleatória já que a imagem é a premissa da mensagem que a marca/empresa pretende transmitir ao seu público-alvo.
Vale a pena ler...



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